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Atenção, prefeitos: o relógio virou! Quem não agir agora pode desaparecer em 2026

1º de Julho marca virada estratégica para prefeitos: ou assumem a narrativa da gestão, ou viram coadjuvantes em 2026.

29/06/2025 às 10h47 Atualizada em 29/06/2025 às 10h56
Por: Redação
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Atenção, prefeitos: o relógio virou! Quem não agir agora pode desaparecer em 2026

O primeiro semestre de gestão chegou ao fim. Seis meses já se passaram desde que os prefeitos eleitos em 2024 tomaram posse, e agora começa uma nova fase: a que será observada com atenção por quem vai às urnas em 2026. A partir de agora, tudo que o prefeito fazer, ou deixar de fazer, vai refletir diretamente no apoio que conseguir transferência para candidatos aliados nas eleições do ano que vem.

Se a gestão ainda está desenvolvendo promessas de campanha, é hora de reagir. O eleitor é rápido para julgar e não tem paciência para desculpas repetidas. E, sim, ainda dá tempo de recuperar o ritmo e mudar a percepção. Mas é preciso corrigir os erros mais comuns.

Entre os maiores erros, está deixando a comunicação de lado. Não adianta fazer se ninguém ficar sabendo. A gestão precisa falar com a população, explicar o que está sendo feito e, mais importante, mostrar por que isso é importante para a vida das pessoas. Outro problema é prometer mais do que se pode cumprir. Quando a expectativa é alta e a entrega é baixa, o desgaste é fatal.

Os prefeitos também erraram ao se afastar da base social. Quem ignora lideranças comunitárias, associações, redes sociais ou rádios locais, perde a chance de ouvir críticas e sugestões direto da fonte. Também não adianta fugir do confronto: as críticas virão, e é melhor enfrentá-las com argumentos do que deixar-las crescer sem resposta. E por fim, tem o erro de delegar tudo. Quem foi eleito foi o prefeito, e o povo quer ver ele liderando.

Mas dá para virar o jogo. O primeiro passo é entender que as pessoas realmente estão descobrindo a gestão. Isso não se faz apenas com elogios da equipe ou curtidas em postagens. É preciso ouvir, pesquisar, perguntar com humildade e disposição para corrigir rumores. Depois disso, vem a comunicação. Ela precisa ser clara, direta e constante. Comunicação não é só falar, é confiança construir.

Mostrar obras é importante, mas o jeito de contar isso faz toda a diferença. Não basta dizer que asfaltou uma rua, é melhor mostrar como isso ajudou quem antes enfrentou lama e poeira. É esse tipo de história que cria vínculo com o eleitor.

Se algo prometido ainda não saiu, o melhor caminho é explicar o motivo, dizer o que será feito e quando. O eleitor prefere a verdade do que o silêncio. E é bom lembrar: a escolha do candidato que o prefeito vai apoiar em 2026 começa a ser construída agora. Se a população aprovar a gestão, vai confiar em nenhum nome indicado. Caso contrário, o apoio pode virar peso.

Ou o prefeito assume logo o protagonismo de sua gestão, ou corre o risco de virar coadjuvante da própria história. Ainda há tempo. Mas é agora, ainda neste semestre, que o rumor precisa ser ajustado. Se o gestor ainda não tem, chegou a hora de montar um plano de ação e comunicação até março do ano que vem. Depois de abril de 2026, o jogo começa a fechar e as peças já terão no tabuleiro para a maior eleição de todos os tempos onde serão eleitos: deputado estadual, deputado federal, governador, 2 senadores e presidente da república.

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